sexta-feira, outubro 13, 2006

Balada do Morro Vermelho

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Ele era tempestade e não tinha deus porque ele era o deus, o meu deus, o deus de si próprio e o deus perpétuo do meu sono perdido. Ele era tempestade e eu morria de medo, um medo insuperável, de tempestade, de água devastando tudo, comendo, comendo, comendo, desenraizando, despindo, entortando, eu descia as escadas para ver e acreditar que tudo ainda podia viver além da água maior que a vida, então punha balde entre as flores para que o horror fosse contido, mas nunca falei mesmo o que achava. Eu achava que ele era tempestade e era deus. E suas mãos estavam por toda parte, porque eram as mãos de um deus preciso.

- Menina, pare de olhar minha cara feia. Volte pra casa. Vou te jogar uma pedra. Vou te pendurar na cruz da igreja!

Eu nunca voltava de verdade e ia guardando a voz dele bem dentro, bem aqui, bem ali, esfregando, engolindo a voz, o que restou da voz, o que eu achava ser a voz, as impressões sujas da voz, a última sílaba,

ja,

minha e só pra mim,

jaaaaaaaaaaaaaa

e repetia jaaaaaaaaaaaaa

e fazia música com jaaaaaaaa,

e criava mais uma sílaba para dar uma lambida no que me restou dele,

dentro de mim. Um som. Uma imagem acústica.

Subia o morro vermelho e ficava de lá, observando ele por baixo do caminhão, mexendo ali, no infinito desconhecido, mexendo na minha paz, os pés sujos de terra, as mãos sujas de suas escolhas, eu suja de pensamentos, a escola me esperando, mais um pouco, mais um pouco e ele vai olhar para cá, e olá, moço que traz vento e chuva. Olá. E descia novamente o morro. E meu corpo tremia o meu futuro porque eu sabia que ele era meu único habitante, nem eu existia mais em mim, mas se piso na pedra errada, se olho agora para o canto que não era bem o canto preparado para o habitante, ah, eu quero tanto que meus olhos me obedeçam! Eleito meu deus, minha tempestade, eu engolia todo o ar que podia, para tentar não pensar, mais ar, mais ar, mais ar e se pudesse o engolia, a começar pelos pés, pela sujeira dali dos pés, e me colocava diante do caminhão, suspendendo minha verdade diante dele, mostrando meu mundo, a melhor visão do mundo sobre o rosto entristecido, meus inícios,

- Menina, vou descobrir quem é sua mãe e vou contar!

Corri com raiva. Meu vestido pequeno para meu tamanho, a calcinha abandonada, que é que eu podia tentar agora? Corri para o balde cheio da minha veneração. Água cinza cantava do céu sobre meu cabelo cinza que não dizia nada, de tão recatado no cinza, e corri com gaiola, balde pesado e flauta e tudo, olá pássaro, vamos celebrar o deus, a tempestade. Assim mesmo, mantendo o tom do meu roteiro. Antes de começar eu pensava fundo nele e na dificuldade que era em preservar seus pedaços quietos e inteiros e vinha um desespero de que ele podia estar se perdendo, de ser inexato. A flauta eu enfiava na gaiola, para o pássaro, e era uma forma de mostrar ao pássaro que eu venerava meu futuro, o que não pode ser. Eu acreditava num deus de chuva e carne. E em amar um deus. Da tempestade. E era muito só, esse movimento. E frio. E ácido. E complicado de se imaginar. Como um pássaro tocando flauta. Então, bebia do balde, lentamente, o resgate do meu deus, suas pegadas.

(A terra tão seca. Meses de ausência. Eu preparava meus funerais. Ele era o deus, a tempestade, o que eu não entendia e o que eu queria.)

Do morro vermelho eu vi o caminhão chegando. Nesse dia ele me sorriu lá do outro lado da divindade. Os pingos começaram a bater forte em minhas costas. E fiquei nua. E pedi perdão por duvidar. E subi mais alto e mais longe. E ele me sorriu, mais uma vez. E a água era tão forte. Como mãos buscando. Como lábios buscando. Como sede sendo vertida no oceano.

quinta-feira, outubro 12, 2006


Foto de viagem: Paulo Castro
10/10/06

Não levei bloco de anotações. Desci para o salão e me conectei ao computador. Encontrei Red Fox e fizemos algumas confissões próprias e alheias.
Na estrada para o litoral, neblina. No tédio, piadas incorretas.
Na avenida, padaria e putas.
Uma punheta para a alinça na mão da loira famosa.
A única coisa excitante naquela revista, enfim.
- Ei, cara, marrrrrque minha bebida...
- tsc...tsc..."marrrrque" ( solilóquio)
- Ei, seu porra, não sou a porra de um carioca bastardo !
Bebuns jogavam putas para cima e para baixo entre croquetes e lisergias.
Tirei umas boas notas do bolso, mostrei para todos e comprei a revista da loira vaca corna a colocar cornos onanísticos. Não adianta, chefe: Comi sua mulher e ela gostou pra cacete. Tu a ama, mas eu a comi. Isso tá registrado, tatuado. Minha tinta, cumpadre, é negra, sacou ?

Na avenida, corri vendo que minha isca-mané tinha sido mordida. Um negão me seguia com a fuça cavalar desejando minha grana eqüina. Lá estava na calçada eu, o preto e um ônibus de excursão. Apressei o salto baixo, canelas e cravocrata ex-prefixo, ou seja, fiquei rodando ao redor do busão, com o negão na minha tenaz, enquanto de um prédio do futuro ( um dia, mesmo casa, vou levar esse cd pra ela ouvir) saia a voz de Noel Gallangher cantando:

"i've lost my faith in the summer time
cos it don't stop raining
the sky all day is as black as night
but i'm not complaining
i begged my doctor for one more line"

Quando cheguei dentro do hotel, rebolei e cuspi e rasguei dinheiro do colchão novo que não vou nem fudendo comprar. Só não comi a minha ou a sua merda.

Tossi no banho, cuspi e só não morri quando, no bafo do vapor, ao boxe escrevi:
Paulo Castro
esteve aqui
e se você não me adorar
e se você não tiver febre por mim
e se você gozar com qualquer pau
e se você se apaixonar por qualquer
pau,
o azar, caramba, meu Deus,
é todo teu.
( coração é outra história, algo de suíte e risadas na sauna e na
banheira de hidromassagem quando o sol está forte, ula
chega
lá).

eu amo você ( mensagem via CLARO IDÉIAS).

eu fico em silêncio ( mensagem via sonho)

eu não comunico meu organsmo com uma menor amada,
de puros poucos anos,
mas é sentimento - a virgindade dissocia -
apenas não no ciúmes da Lolita-Passaporte-
i
USA
to
love
her
but i have to KILLER me
USA
Gillete.

( mensagem via "tarde demais, baby )

Eu fico pensando em você,
que o celular pode vibrar
e assim não pego no sono,
mas tenho que pegar
você
e deixar o sono
não pensar em mim.
[ simplicidade irá enternecer aquele coração tão jovem ? só me nego a escrever intencionalmente errado ].

Óculos. Cigarro. Neil Gaiman. MORTE. Um vídeo que fiz com a garota mais gostosa das últimas camas: eu com 4 dedos nela, o rosto lindo, a xoxota castigada e já chupada, mordida, avantajada em delícia que essa moça tem. E ela não é carioca, ela não é carioca, se vê no jeitinho dela urrar. Não seremos meigos com a mão cheirando avarios mucosos. Sem jogos de palavras de existir muitos. Resta-me a vingança contra a maldição.

A mala aberta. Camisas amassadas. A cama de solteiro para apoiar mesmo mala.

Serra do mar, dia seguinte, o celular vibra: "corra ou perderá seu emprego".
Eu estava mesmo correndo.
Entendo agora porque não rolou nenhuma forma dinossáurica de culpa.
Ou não presto mesmo e foda-se.

{ PUTA VONTADE DE TREPAR ME BATEU AGORA !!! }

!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Voltei.
Normal.
Assim falam os jovens,
"normal, cara".
Até o primeiro estupro,
ou mais raramente:

até o primeiro amor...

Quando volto para você,
eu enterneço
e amanhã
será hoje,
minha querida
pequena,
e antes que você parta,
a sua xana hei de lambrecar.

Minha sombra se imprime sobre o papel claro, sobre a madeira escura,
sobre uma fatia de presunto que comprei para duas paixões atrás.
O queijo, benzinho, eu já comi.

se o cara do "THE LIBERTINES"
está comendo a KATE MOSS
porque,
santinha,
não posso amar
e fuder
você ? - Pense nisso !!!!!!



( ;





terça-feira, outubro 10, 2006

Texto que eu não queria postar

É estranho.
Passei um final de semana maravilhoso.
Dormi e acordei com alguém que amo.
Tive cada centímetro do meu corpo tocado, beijado, explorado.
As minhas tatuagens desvendadas.
Uma avalanche de sensações.
Rios de suor à noite.
Rios de suor pela manhã.
Noite mal-dormida no colchão estranho.
Viagem de volta, longa, inquieta, pulsante.
E, chego aqui na segunda-feira, muita coisa mudada.
Pessoas que vão embora.
Amigos.
Vão pra onde?
Seguir seus próprios caminhos.
Buscar razões em outras paragens.
Feridas abertas?
Não sei.
Fiquei triste.
Claro que fiquei!
Gente bacana, inteligente, descolada.
O mundo é vasto.
Mundo, mundo,
vasto mundo...
Caralho.
Faço aqui meu desabafo.
Sou egoísta, quero as pessoas que amo perto de mim, debaixo das minhas asas, no alcance da minha vista.
Sinto uma alegria imensa ao ver que as asas não estão atrofiadas.
A vontade é férrea.
E que o fel não macule o vinho.
Estamos em guerra?
Não?
Então, porque não quero trocar de perfume...?
Hoje tenho coquetel chique na empresa, só champanhe e uísque.
Vou sentir falta da minha cerveja gelada.
Quem sabe o bar da esquina estará aberto?
Quem sabe o táxi não chegue nunca, e o domingo se prolongue por nuvens de branca meditação e mel.
O livro de poesia pornô fica bem em você.
Quem sabe...?
Que sabe consigo parar de usar reticências.
Merda.
Engulo o choro e vou almoçar.

segunda-feira, outubro 09, 2006

Lá em Gramado....

Postado assustadoramente em cima da hora, por Fernando Alonso (aos 43 do segundo tempo..)



Gramado é uma cidadezinha bem aconchegante no inverno. Com boas opções de passeios, boa comida e clima agradável torna-se uma excelente opção para as férias. E foi para lá que fomos em meados de Julho de 98.
Foi uma semana muito boa. Estávamos entre amigos com a missão de rir, nos embebedar, comer, arrotar e descolar umas gatinhas. Só que conseguimos algo além disso.
O penúltimo dia começou assustador. Eram sete da manhã e a neblina tomava conta da cidade. Íamos fazer rafting. Quando todos ainda estavam em estado semi-letárgico, meu grande amigo Silvão - e acreditem, ele é grande - resolve correr atrás de um vira-lata para espantar o sono, assim como o álcool que ainda circulava em nosso sangue. E ele conseguiu de forma soberba e um tanto tenebrosa. Nos curou da ressaca tamanho o susto proporcionado. O pobre cachorrinho, apavorado com a figura que corria em sua direção atravessou a rua e foi atropelado. Felizmente, foi levado pelo motorista ao veterinário com vida.
Passado o susto, sorrisos amarelos brotaram e seguimos rumo ao nosso programa. O resto do dia correu bem, a exceção do Marcão, que quase se afogou ao cair do barco em plena corredeira.
Voltamos ao fim do dia para o chalé imaginando a lareira acesa e um banho quentinho, afinal estava muito frio, e a água do rio era de congelar até os grãos. Todos ainda estavam um pouco abalados com o pequeno acidente da manhã. Na verdade, pequeno para nós que só assistimos, porque o cachorro deve ter achado um problema tão grande quanto o tamanho do seu perseguidor, que também estava mal com o acontecido. Decidimos então por comer no próprio chalé e assistir a um filme.
O sótão era o lugar da sessão pipoca. Lá dormíamos eu, Silvão e o Ricco. Havia três sofás ao todo. O Silvão, ao chegar primeiro, escolheu o sofá em frente à TV, no meio da sala. Sobraram duas possibilidades. O Sofá em frente à escada e ao pequeno belvedere ao fundo, e o outro, ao lado do banheiro. Esse quarto deixei para o Ricco, afinal não estava a fim de testemunhar o quão prejudicial à saúde (ou ao olfato) a bebida pode ser.
Nem bem a sessão começou e eu apaguei. Ao acordar, no meio da noite, já estava tudo escuro e o pessoal, que dormia nos quartos abaixo, já havia descido. Demorei um pouco para ajustar minha visão àquela escuridão quando foquei meus olhos para a escada. Percebi que um vulto subia lentamente os degraus. Fechei os olhos procurando mais uma vez me ajustar à escuridão e olhei novamente. Ele continuava a subir e agora alcançava os últimos degraus, passando pelo belvedere. Foi então que chamei por ele:
- Silvão?
- Silvão é você?
Nenhuma resposta.
- SILVÃO!!
Nada. Olhei ao meu lado esquerdo rapidamente e vi o Ricco dormindo em sua cama-esgoto. Olhei à frente novamente e notei que o vulto passava por mim dirigindo-se ao sofá do meio. Foi aí que me caguei de medo. Encontrei o Silvão deitadão, roncando feito uma locomotiva e o vulto deitando-se ao seu lado. Nesse momento encobri minha cabeça com o edredon e rezei aos céus para não ver mais aquilo. Com o coração na boca e o cu na mão, baixei lentamente os olhos para ver que o vulto, seja lá o que fosse havia partido. Olhei para o relógio que ainda marcava quatro horas da manhã. Fiquei pensando na porcaria da visão que tive. Aquilo foi real? Nesse momento, me volta a imagem do cãozinho atropelado pelo meu amigo. Será que esse era o dono do animal que veio tirar satisfação com o ''quase’’ assassino de seu cão? Seria ele um indigente morto há tempos? Seria ele uma velhinha a dar-lhe um puxão de orelha? Não sei só sei que passei o restante da noite em claro, pensando no assunto e chegando finalmente a duas conclusões. A primeira que se deve tomar maior cuidado com os animais. E a segunda...bem...não tire vantagem antes da hora. Eu achava que meu amigo ficara com a cama-esgoto, mas após o susto percebi que a verdadeira cama-esgoto era a minha.

domingo, outubro 08, 2006

sorry, angel...sorry so...



Sentir falta de um cigarro, fumar e ter náusea, mas a boca ainda pede a nicotina e por isso você continua fumando a porra da droga, tua melhor amiga e pior inimiga.
Reconheço crianças nas rua, futuras moscas chupeteiras da droga: fingem ataques de tosse ( você não repara nisso, não anda de ônibus ou senta em praças, deita em praças e diz olá para o velho bêbado simpático, deitado mesmo ele), tossem e tossem, apanham e quando isso acontece, tossem mais, vomitas e dão risada. É uma técnica oriental, de Osho, vomitar e rir, o que aproxima a droga da paz.

O drogado é um ator. Só sabe quem. Vai pro escuro e finge que está na saída de uma festa, ou está na festa e finge que está seguro, no quintal ( mania ), e ali, enraba um viado, com a escuridão do couro, manja uma tentativa de vídeo-clipe, de filme, de volta ao inferno. As pessoas ficam chatas e você sabe que elas não são: enquanto tiver essa clareza, está protegido do assassinato, mas não do sagrado Suicídio. Fala-se em auto-destruição, e que é um caminho sem volta e que falam esse monte de coisas terrivelmente óbvias, talvez verdadeiras, mas extremamente chatas. Você não vê o tempo passar, você vê a angústia e dormir não é morrer nem matar. Uma canção dos ( chatos ) Beatles é a mais calmante para um junkie, e diz mais ou menos assim:

" Você está levitando, você está relaxado...e isso não é a morte."

A chapação da droga é semelhante ao estado de morrer. A música sempre acompanha o drogado, mas quem escolhe, outras pessoas, você mesmo, não não ligado que a necessidade é sempre do novo e do que se repete ( familiar, não ? ).

Uma suicida, lésbica e totalmente drogada te liga:

- Você é o responsável pela minha condenação.

O primeiro impulso, não por ser verdadeiro ( nada o comprova, nenhum argumento que se sustente em outros ou fatos empíricos ), é mandar algo como :

- Nada tenha a ver com isso.

Mas se você é um drogado, tem a noção exata do tamanho espetacular da acusação:

- Obrigado. Mas da próxima vez, tente de verdade, vaca.

Burroughs tem a afirmação perfeita: maconheiros não são drogados.

Um bando de gente que fuma a erva e falam uma quantidade de merda absoluta. Tenho aqui alguns registros, a bom tempo vou revelá-los, nada se aproveita, fora o pacto de mediocridade entre os maconheiros. Ou o maconheiro solitário. Indague. Com algum conhecimento de farmacologia clínica e psicopatologia você identifica a necessidade de um medicamento psicoativo, como anti-depressivo, ansiolítico ou bolhas de ar na veia. Duas enfermeiras da Unicamp provaram bolhas de ar em um intervalo de semana. Que fique registrado isso como um núcleo de desespero de onde as mais inoportunas, estranhas e surpreendentes coisas podem nascer. A vida verdadeira é feita de alucinação. A heroína simula o amor ( indiferença ), a cocaína simula a paixão ( páthos ), e a maconha é uma bobagem como sexo casual. Não faço uma crítica, mas a exposição do que aprendi até hoje na observação de moscas chupeteiras.

O drogado tem prazeres estranhos: obsservar a namorada dormindo, ver como ela fica feia, baba, boca inchada de porrada na alma venenosa e fotografa. Imprime a foto e usa isso como moeda de troca no beco de tijolos moranguinhos caio fernando abreu e amor pela década de 80.

O mofo, dessa forma: na cocaína injetável, já vi um tio, eles servem os garotos de pó, os tios, com a veia braquial em conteúdo de caixa de gordura. Não é esgoto. A minha necessidade é ser exato e fazer justiça amplamente. O que saia do buraco era um troço cinza e que não se misturava com a minha saliva.

Existem lendas entre os drogados. Alguns têm coragem de provar a lenda, outros, genuinamente, temem: o drogado é um idealista. Em São Paulo, especificamente na Avenida Paulista, particularmente e literalmente nos fundos de uma elegante livraria há um reduto de ópio para executivos e intelectuais. Acordos literários são fechados ali. Com o bom tempo, como a boa luta de SÂO PAULO APÓSTOLO, irei revelando o nome de grandes escritores revelados através desse metrô com a Vila Madalena. O sexo também está envolvido. O rock and roll, vez ou outra, afinal, a vida é menos ordinária que isso, boneca.

Alguns drogados nunca se drogam na vida.

Isso absolutamente nada tem com a desculpa:

" Não preciso de drogas, já sou louco por natureza, saca ? "

Saca o que, otário ?

Como poeta sem poema, assim é o drogado sem droga. Como o intelectual de pós-graduação em poesia sem nunca ter escrito uma linha de macho, mesmo que já tenha procriado um pequeno pederasta e plantado uma árvore de delicadeza, assim é o mané, o morto evidente do ódio, da vingança, que são expressões da Seleção Natural de futebol. Os maconheiros assistem futebol e/ou filmes de arte. E ficam ali, sem nunca jogarem verdadeiramente bem, sem nunca produzirem arte educada.

RADIO TÁXI : (19) - 32313232 - CARRO 08 .


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