quinta-feira, setembro 14, 2006

Filhos de Ogum

Parece um desenho
do Ciro.
Sou filho de Ogum.
Junto com Marcelo Mirisola e Pedro Juan Gutierrez.
Descobri em Cuba, Havana.
Rapaz viajado.
Ogum pertence ao Plano 3 da Umbanda. Gosto do número 3. É o Orixá guerreiro, que faz cumprir a justiça ditada por Xangô, que é o cara do martelinho, combate as demandas, e é um Orixá muito belicoso.Elemento e força da natureza: todos os metais, siderurgia, etc..Dia da Semana: terça-feira. Gosto de terça-feira. Gosto de sentir a semana já começada, mas ainda na cabecinha.Chacra atuante: solar ou solear.Planeta regente: Marte. Óbvio que é Marte. Plutão que não seria. O escrotinho nem planeta é mais.Nota musical: mi.Cor vibratória: laranja.Cor representativa: vermelho (roupas, etc.). Sangue, mucosas, sexo , paixão. Cor da guia (colar): vermelho e branca. Semente de Açaí no peito. Saudação: Ogum-Iê. Negativo: Exu Tranca-ruas. É, não tranquem minha rua. Amalá: feijão fradinho, lombo e lingüiça. Otí: cerveja branca. Agora, sem álcool. Local de entrega: praia ou campina. Pode ser Campinas. A representação de pontos riscados é feita por espadas. Quem me conhece, conhece minha espada.

A) A espada do vórtice do triângulo só é usada para demandas ou cobranças rápidas e de perto.
Sei como é. Me pediram pra mostrar a lâmina. Só posso mostrar se cortar algo ou alguém.

B) A lança do ângulo B só é usada para demandas ou cobranças longas, demoradas e distantes.
Entendo. Meu sexo. É assim.

C) A espada do ângulo C, é usada exclusivamente para apresentação, sendo também chamada de Espada de desfile.
Exibicionista inveterato esse meu papai. Nas festas, sento e fico olhando. Me olham. Nas festas, levanto e falo pra caralho, apronto, armo macumba no banheiro com neon ao redor. Quietinho ou bonzinho não é minha parada. Santo sim. Cuzão não.

Pelo exposto, Ogum tem duas armas de ataque e uma de apresentação, e como proteção, usa Capacete (Elmo) e Escudo. Ahahahahahahha....já viram a minha tatuagem nas costas ?

Comigo ou contra mim ?

Isso aí.

terça-feira, setembro 12, 2006

(postado por Roberta Nunes)

Amar.
Já disseram ser verbo intransitivo (desculpa, PC, mas não acho Drummond assim tão chato...).
Já disseram que quem não ama não vive.
A vida é uma coisa muito louca.
Prega uma peça atrás da outra.
Nos oferece presentes, das mais variadas cores, tons, sabores, valores, amigos, amores, abraços, brigas, derrotas, hematomas.
Flores estranhas cultivadas em jardins exóticos.
Diversos sotaques e temperos.

Ando apaixonada, pra variar.
Sempre estou.
E sempre é pra sempre.
Acho que dessa vez, é.
Acho que dessa vez, eu serei o que quero ser.
Vou confiar na minha intuição.
Acreditar nas armas que tenho.
No espólio que posso reivindicar.
No tributo que poso pagar.
Uma cidade sitiada, pronta pra ser tomada de assalto, invadida pelos flancos, arrasada sob o peso de tanques e infantarias, kamikaze (de capacete?), uma solidez que me falta, talvez pra compensar a maldita mania de fluidez.
Gosto de dançar, e quero que ele me veja lá, perdida nas notas e luzes, imersa em mim mesma, afogada, embriagada.
Quero me perder em campos de flores, girassóis amarelos e vivos, lírios lindos e brancos, rosas vermelhas e úmidas, margaridas...
Vou beber de copos estranhos o gosto de uma boca amada, passar a língua pelos lábios sofridos de beijos quentes.
Sempre carrego um livro comigo (meus amigos já se acostumaram), mas quero fazer da minha alma seu manual de sobrevivência.
Se prepara, baby, que vou aí te buscar, nem que seja pra te tirar de dentro de você mesmo, numa noite de lua cheia, estrelada, clara e brilhante.

a imagem é "Noite Estrelada", de Van Gogh.