domingo, junho 25, 2006

Come Again, Sweet Love doth Now Invite

Domingo Musical em cinco atos.

A foto que deveria ilustrar este ayre/madrigal do alaudista John Dowland seria a Fuga de Jack Sheppard e sua amante gorda, por James Thornhil. Se alguém a tiver, por favor, envie para mim. Por enquanto, fiquem com a Elfa Rô.

1

"Come again, sweet love doth now invite.
Thy graces that refrain, to do me due delight.
To see, to hear, to touch, to kiss, to die,
with thee again in sweetest sympathy.

Come again, that I may cease to mourn.
Through thy unkind disdain, for now left and forlorn.
I sit, I sigh, I weep, I faint, I die,
in deadly pain and endless misery.

All the day, the sun that lends me shine,
By frowns do cause me pine, and feeds me with delay.
Her smiles, my springs, that makes, my joys, to grow,
her frowns the winters of my woe.

All the night, my sleeps are full of dreams,
My eyes are full of streams, my heart takes no delight.
To see, the fruits, and joys, that some, do find,
and mark the storms are me assigned.

Out alas, my faith is ever true.
Yet will she never rue, nor yield me any grace.
Her eyes, of fire, her heart, of flint, is made,
whom tears nor truth may once invade.

Gentle love, draw forth thy wounding dart.
Thou canst not pierce her heart, for I that do approve.
By sighs, and tears, more hot, than are, thy shafts,
did tempt while she for triumph laughs."

John Dowlands - 1597

Vem novamente: doce amor convida agora

Vem novamente: doce amor convida agora,
As tuas graças que se abstêm
De me proporcionar devido prazer,
Ver, ouvir, tocar, beijar, morrer
Contigo de novo na mais doce simpatia.

Vem novamente para que eu possa cessar de chorar
Pelo teu insensível desdém,
Por agora deixado e abandonado:
Eu sento-me, eu suspiro, eu choro, eu desfaleço, eu morro
Em dor mortal e infindável miséria.

Todo o dia o Sol que me cede brilho
Através de franzidos me causa angústia,
E alimenta-me com demora:
Os seus sorrisos, as minhas Primaveras que fazem as minhas alegrias crescerem,
Os seus franzidos, os Invernos da minha dor.

Toda a noite, os meus sonos são repletos de sonhos,
Os meus olhos cheios de correntes,
O meu coração não tem prazer
Em ver os frutos e alegrias que alguns encontram
E notar as tempestades que a mim são destinadas.

Meu Deus! A minha fé é sempre verdadeira,
Contudo ela nunca se compadecerá,
Nem me cederá qualquer graça:
Os seus olhos são de fogo, o seu coração de pedra
Que lágrimas nem verdade podem alguma vez invadir.

Suave amor puxa pelo teu feridor dardo,
Tu não podes penetrar no seu coração,
Porque eu isso aprovo,
Por suspiros e lágrimas mais quentes que as tuas flechas,
Persuade enquanto ela ri de triunfo.


Link para fazer download/ouvir Came Again:

http://www.uni-heidelberg.de/subject/hd/fak7/hist/o4/c1/de/vl/e4/gen/rs/comagain/

3 Comments:

At 7:11 AM, Blogger Paulo Castro said...

São poemas, as noites cheias de sonhos, lotadas de sonhos, século XVI conforme deve ser, um repúdio ao corpo, com repúdio à alma.
Logo, respondo.
Beijos.
pc.

 
At 7:34 AM, Anonymous Anônimo said...

*Vem novamente*.

Ou permita que eu vá...
e me esqueça esta mente pensante
e me lembre mulher-amante
alma-viva revivendo o corpo,
ansiando seu corpo-alma amar...

Beijão, Guu.
Cecília.

 
At 7:26 AM, Anonymous Anônimo said...

Beijos para todos vocês!

(=^=^=)

 

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